STJ volta atrás e suspende liberdade do chefe do tráfico internacional de drogas na fronteira entre Brasil e Paraguai

  • 29/08/2024
(Foto: Reprodução)
Pelo telefone, o Ministério da Justiça informou ao g1 que a ordem foi cumprida no dia seguinte da decisão de soltura, emitida 15 de agosto de 2024. Antonio Joaquim Mota foi preso em Ponta Porã (MS). Reprodução O Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu nesta quinta-feira (29) uma nova ordem suspendendo a soltura de Antônio Joaquim Mota, de 64 anos, acusado de chefiar o tráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai. Conhecido como "Tonho", o líder foi preso em fevereiro, em Ponta Porã (MS). Pelo telefone, o Ministério da Justiça informou ao g1 que Antônio Joaquim está em liberdade e inativo no sistema penitenciário desde o dia 16 de agosto de 2024, um dia depois que a ordem foi emitida pelo ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca. Após o habeas corpus, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu contra a decisão de soltura, sustentando que o risco de fuga do acusado, a gravidade dos crimes atribuídos a ele e a robustez das provas reunidas durante as investigações evidenciavam a urgência da decretação da prisão preventiva. Em contato com as defesas, Jad Raymond El Hage e Luiz Rene Gonçalves do Amaral, a reportagem foi informada que eles ainda não haviam sido comunicados formalmente. "Não nos manifestamos em processos em andamento, desculpe", disse Jad Raymond El Hage. Já Luiz Rene disse que "sempre respeitamos toda e qualquer decisão judicial, mas preciso ser comunicado formalmente". Prisão em carro de luxo Traficante foi transferido de Ponta Porã para Campo Grande O megatraficante Antônio Joaquim Mota foi preso enquanto dirigia um carro de luxo avaliado em quase R$ 1 milhão. Tonho, como é conhecido entre os criminosos, foi preso por tráfico internacional de drogas, posse e tráfico ilegal de armas de fogo e organização criminosa. No mesmo dia, o suspeito foi transferido de Ponta Porã para Campo Grande de helicóptero. (Veja o vídeo acima). O suspeito dirigia uma BMW X6 quando foi preso na cidade que fica na linha de fronteira entre o Brasil e Paraguai. O carro é avaliado em mais de R$ 700 mil. O 'Clã Mota' Chefão do tráfico que escapou da PF ostenta luxo na web "Tonho", que foi preso, é pai de Antônio Joaquim Mota, o "Dom" ou "Motinha". Pai e filho possuem o mesmo nome. O filho do suspeito fugiu de helicóptero um dia antes de a Polícia Federal deflagrar operação que pretendia prendê-lo, em 30 de julho do ano passado. Motinha segue foragido por tráfico internacional de drogas. Segundo as investigações, a família Mota permeia as estruturas do crime organizado na fronteira e é uma das responsáveis por distribuir drogas produzidas no Paraguai a outros países. O “Clã Mota” é composto pelo pai Antônio Joaquim da Mota, o Tonho, e o filho Dom, além da irmã Cecyzinha Mota, e a mãe Cecy Mota, investigadas por lavagem de dinheiro. A família tem relações próximas com outros líderes do narcotráfico. A família atua no crime desde 1970. LEIA TAMBÉM Megatraficante de MS foge da PF em helicóptero; autoridades suspeitam de vazamento Prostitutas de luxo, compra de fuzis em Dubai, mercenários e plástica: veja contabilidade do megatraficante que fugiu da PF Procurado pela Interpol com segurança 'de guerra': saiba quem é o megatraficante que fugiu da PF de helicóptero A organização criminosa da família Mota, segundo informações obtidas pelo g1, se especializou no tráfico de cocaína. Para a polícia, o "Clã Mota" constituiu organização criminosa que movimentou toneladas de cocaína do Paraguai para portos brasileiros, através das rotas do tráfico de Mato Grosso do Sul e depois para a Europa. Dom, filho de Tonho, está na lista da difusão vermelha da Interpol, organização internacional que facilita a cooperação policial mundial e o controle do crime. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/08/29/stj-volta-atras-e-suspende-liberdade-do-chefe-do-trafico-internacional-de-drogas-na-fronteira-entre-brasil-e-paraguai.ghtml


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